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Coelhos

Coelhos


Criar coelhos, além de ser fácil, pode também se tornar uma atividade lucrativa. Existem poucos criadores e o coelho é um animal totalmente aproveitável. Veja neste artigo:

 

 

O que se aproveita do Coelho?

Sua carne é macia, saborosa e de fácil digestão. A pela, depois de curtida, é utilizada na confecção de objetos dos mais variados. O pelo produz uma lã extremamente macia e leve. Até os dejetos (fezes e urina), depois de curtidos adequadamente em estrumeiras especias, constituem um ótimo adubo, rico em fosfatos e nitratos. De sua cartilagem obtém-se uma cola de excelente qualidade e das vísceras produz-se farinhas, utilizadas na alimentação de outros animais. Saiba ainda que os neonatos (recém-nascidos) são empregados na fabricação de vacina contra a febre aftosa e o próprio coelho na idade adulta se presta como animais de pesquisa nos laboratórios.

Como deve ser as instalações?

A criação doméstica não há nescessidade de tantos gastos como muma industria. Mas, para evitar prejuízos, são necessárias, pelo menos, as seguintes instalações e equipamentos: gaiola, bebedouro, comedouro, manjedoura, ninho e cobertura. Saiba, agora, como se monta um coelhário.

A primeira preocupação deve ser com relação à água, que deve ser potável. As instalações precisam oferecer aos coelhos uma boa aeração, condições para que eles que eles não sofram com as mudanças brutas de temperatura e para que fiquem protegidos das chuvas, ventos, frio e sol direto.

Providencie, então, o galpão, que poderá ser construído de blocos de cimento de 10 cm, até a altura de 1,50m, fazendo-se pilares para sustentação do telhado, o qual poderá ser de duas ou uma só água. A cobertura pode ser feita com telhas de amianto, que não nescessitam de muito madeirame, ficando o telhado mais leve do que com telhas de barro.

As paredes devem ter 1,50m de altura e o restante poderá ser fechado com tela ou, ainda, com cortinas de plásticos usados para proteger os coelhos do vento. Depois de construído o galpão, instale as gaiolas de arame galvanizado, de tamanho padrão que são encontradas em lojas especializadas: 80 X 60 X 45 cm. Veja o modelo abaixo de uma coelheira dupla.

Para uma criação pequena, o galpão poderá ter 8 X 4 metros, comportando inicialmente 16 gaiolas, isto é, oito em cada lado, para abrigar raças médias. Mas também poderá ser feito de tal maneira que, mais tarde, se construa outro tanto, para ser colocado como se fosse o segundo andar.

Para 10 matrizes (para cada 10 fêmeas é necessário apenas um macho), são necessárias, no mínimo, 16 gaiolas: uma para o macho, uma para cada matriz, e algumas de reserva para os filhotes (antes de irem para a gaiolas de engorda). As gaiolas devem ficar a 80 cm do solo.

Fixadas as gaiolas, coloque os bebedouros e comedouros dentro de cada uma (normalmente as gaiolas já vem com comedouro externo, que são os ideais. Os bebedouros, também encontrados no mercado, são do tipo canudo e adaptados com uma garrafa do lado externo da gaiola).

O corredor, entre as gaiolas, deve ser cimentado. A esterqueira, que fica sob as gaiolas, deve ter seu nível abaixo do corredor e ser inclinada para deixar o esterco sempre seco.

Como é a reprodução?

Você deve providenciar a compra das matrizes para corte (raças Califórnia, Nova Zelândia, Gigante de Flandres, Gigante Branco de Bouscat) ou para produção de pele (Rex, Gigante Borboleta, Negro e Fogo, Fulvo de Borgonha e Angorá). procure sempre um fornecedor idôneo e para cada 10 matrizes adquira um macho. Cada animal deve ficar em gaiola individual e deve-se deixá-lo descansar por 30 dias, antes de acasalar, para adaptá-lo ao ambiente.

Passado o período de adaptação, inicie a verificação do cio, que consiste em observar a vulva da fêmea. Se ela estiver intumescida e com a coloração rosada, brilho intensoe mucosa, estará no cio. Leve a fêmea até a gaiola do macho e anote a cobertura na ficha. (Cada macho deve cobrir uma fêmea a cada 36 horas).

Dez dias depois, verifique a prenhez apalpando o animal. Caso isso não indique sinal de prenhez, leve a fêmea novamente ao macho. Se ela estiver prenha irá mostrar-se irritadiça, agressiva ou procurará se esconder. Se ela aceitar o macho anote novamente na ficha a nova cobertura e se isto se repetir pela quarta vez a fêmea deve ser descartada.

O parto ocorrerá entre o 28º e o 34º dia após a cobertura (dependendo da raça). No 27ª dia, coloca-se na gaiola o ninho (veja modelo ao lado), um caixote de madeira com 40 cm de comprimento e 27 de altura e largura e deve possuir uma abertura, cheio de pó-de-serra grosso.

Após o parto, faça a limpeza e desinfecção do ninho, com água clorada ou iodo. Coloque, então, pó-de-serra fino no ninho. As crias devem permanecer, com a mãe, durante 30 a 35 dias. Os láparos (como são chamados os filhotes) começam a comer alimentos sólidos de 18 a 21 dias, além do leite materno. A fêmea deve ser coberta novamente no 29º dia após o parto (não se deve tirar mais que 5 a 6 crias por ano). As crias devem ser colocadas nas gaiolas de engorda, para o abate, aos 70 dias de vida, com peso médio de 2,2 quilos.

Como conhecer o sexo nos coelhos jovens?

Em relação a todos os animais domésticos, é o coelho que se destaca pela precocidade da maturidade sexual; portanto a separação do sexo deverá ser feita bem cedo, logo após o desmame quando os láparos tem em média 2 meses de idade.


Para se conhecer o sexo dos coelhos jovens, temos a necessidade de examinar os órgãos sexuais, cuja técnica é a seguinte: levantar o coelho por cima do lombo, segurando-o pela dobra da pele e com os dedos livres segurar a cauda do animal e repuxá-la para trás na direção do corpo.

Com o animal nessa posição, o criador verá duas aberturas situadas debaixo da cauda que se acha levantadda. A abertura superior, arredondada e ligeiramente pregueada, constitui o ânus que é a parte final do intestino, pela qual são eliminados as fezes. Logo abaixo do ânus há uma abertura, ligeiramente alongada no sentido vertical, a qual deverá ser cuidadosamente examinada assim: o criador suspendendo o coelho, com os dedos polegar e indicador colocados cada um ao lado desta abertura, deverá comprimir o local e puxá-lo ligeiramente para trás. Se por esta abertura aparecer uma ponta de 1 cm de comprimento, ligeiramente encurvada conforme a idade, trata-se de um macho. Ao contrário, se durante a compressão e repuxamento da abertura, esta apresentar apenas uma fenda, ligeiramente ovalada, trata-se de uma fêmea.

Como deve ser a alimentação?

Na alimentação, use ração específica para coelho. O reprodutor e a matriz em crescimento comem, em média, de 120 a 150 gramas de ração/dia; matriz em gestação consome de 200 a 220 gramas/dia; os láparos do 22º dia após o nascimento até o desmame, 40 a 60 gramas; depois do desmame até o abate, de 100 a 120 gramas; e a matriz lactante, com sete láparos, de 400 a 420 gramas/dia.

A distribuição da ração deverá ser realizada de manhã e à tarde em horas mais ou menos certas. Também o criador não deverá das comida em quantidade excessiva aos animais, sabendo-se que um coelho come de acordo com seu tamanho.

Como deve ser a limpeza e a vacinação?

A limpeza deve ser diária e meticulosa das coelheiras, além da desinfecção periódica. Nos serviços de rotina devem ser levados em conta os seguintes fatôres: combate às moscas e ratos, muitas vezes responsáveis pela transmissão de várias moléstias e preservá-las de môfo e bolores na ração.

A desinfecção periódica deve ocorrer quatro vezes por ano. Há dois métodos: promover a queima da gaiola com o uso dee lança-chamas a gás; ou pulverizá-la com produto desinfetante (vendido em lojas de agropecuária).

Também o estêrco do coelho, responsável muitas vezes pelo aparecimento de doenças, deverá ser guardado em esterqueiras próprias. Apesar de ser execelente adubo, nunca deverá ser aproveitado nos terrenos destinados á plantação das verduras e forragens destinadas aos próprios coelhos, pois, em caso de moléstia, tal como a coccidiose, seria muito fácil a sua disseminação entre os animais.

Não esqueça de vacinar os animais contra a pasteurelose (necessária) e mixomatose (só em lugares ou zonas infectadas), as doenças mais comuns verificadas em coelhos. A profilaxia contra as sarnas é obtida através da higiene.

 

 

 

 

As desinterias são ocasionadas por diversas causas, e aparecem mais freqüentemente nos coelhos durante a época do desmame. Em geral as desinterias são produzidas pelos alimentos fermentados, mofados ou sujos; pelo excesso da forragem verde de alimentação. Também são causas da desinteria as intoxicações alimentares, parasitas intestinais, os. alojamentos úmidos e calor intenso.

Além disso a desinteria é um sintoma comum a diversas doenças, sendo mais ou menos grave, conforme as causas que a provocaram.

Em geral o criador nota o aparecimento da desinteria ao fazer diariamente a inspeção nas coelheiras quando os animais doentes se apresentam com os pêlos em volta do ânus sujos de fezes moles. Além disso os coelhos se apresentam com o ventre inchado, perda de apetite, bebem muita água, olhos embaçados e pêlos arrepiados. Como tratamento, devemos primeiramente eliminar as causas tirando toda a alimentação e procurando constatar a boa qualidade da ração distribuída aos animais.

Estes deverão receber uma alimentação rica em elementos nutritivos, podendo se dar, também folhas de bananeira ou goiabeira, que dão bom resultado na desinteria alimentar.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.

Coriza

Esta enfermidade que aparece nas coelheiras em qualquer época do ano se manifesta em geral por abundante secreção da mucosa do nariz, acompanhada de espirros contínuos, podendo, conforme o caso, ser benigna ou infecciosa.

O aparecimento da coriza entre os coelhos é motivada não só pelas mudanças bruscas de temperatura, chuvas contínuas, ventos e umidade, como também pela poeira, alimentação deficiente e falta de higiene nas coelheiras.

A coriza infecciosa é, em geral, encontrada em diversas enfermidades graves com lesões pulmonares, e infecção geral. A coriza é quase que comum nas criações cujos animais se alojam em coelheiras instaladas ao relento, expostas ao sol, chuva e umidade. O clima e a localização do terreno onde se acham instaladas as coelheiras influem consideravelmente no aparecimento de qualquer moléstia, principalmente se tratando da coriza, quando sabemos que, em grande parte, a umidade, o vento e as mudanças bruscas de temperatura são os responsáveis pelo seu aparecimento.

Com isto, vemos que é muito rara a existência de coriza nas criações onde as coelheiras estão colocadas em galpões ou recintos fechados, que as abriguem do vento e chuva.

Nessas condições, os coelhos assim protegidos, dificilmente poderão contrair resfriados que os predisponham à coriza.

No início da moléstia, os coelhos espirram continuamente, e nos casos benignos, não perdem o apetite e nem enfraquecem.

Com o decorrer da moléstia, após 2 ou 3 dias, começa a sair pelas fossas nasais um corrimento aquoso e inodoro. O coelho assim atacado esfrega constantemente o nariz com as patas dianteiras: chega a perder o apetite; fica triste e com os pêlos arrepiados, apresentando os olhos embaciados e quase não se alimenta.

A coriza, não sendo medicada em tempo, irá apresentar, além dos espirros, um corrimento ocular aquoso. Com o continuar da moléstia, este corrimento nasal torna-se mucoso, espesso, e quando aderente à ração do animal, chega a obstruir as narinas, determinando a morte do mesmo por asfixia. O aparecimento da coriza é muito comum durante a época das chuvas constantes.

Quando tratada em tempo, não apresenta a coriza nenhuma gravidade. Assim, em primeiro lugar devemos eliminar as causas determinantes da mesma e isolar os animais doentes. Estes deverão ser colocados em lugares secos, limpos e bem abrigados. A alimentação deverá ser rica em grãos, sais minerais e vitaminas A e D.

Em geral, a morte do animal se dá pela obstrução das fossas nasais, o que impede o animal de respirar. Isto acontece porque o corrimento nasal, em contato com a ração, forma uma massa de consistência mais ou menos dura que, ao secar, chega a entupir completamente as fossas nasais.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.

Sarna Auricular

É esta uma doença comumente encontrada nas criações de coelhos, cujo rápido contágio facilita em pouco tempo a propagação da moléstia entre todos os animais. A sarna auricular é uma moléstia parasitária ocasionada por dois parasitas, Psoroptes communis e Chorioptes cuniculis, os quais se localizam dentro do ouvido do coelho, na parte profunda da pele, chegando muitas vezes a provocar a morte do animal quando não tratado em tempo.

A primeira manifestação de sarna de orelha começa pelo aparecimento de forte irritação, no interior de um dos ouvidos do coelho, seguida de inflamação e formação de uma secreção espessa, que em poucos dias torna-se serosa e amarelada. Com a continuação da moléstia, esta serosidade se engrossa cada vez mais, havendo formação de crostas ou escamas de côr amarelo-pardo, aderentes à parte interna da orelha fechando completamente o ouvido do animal.

Os animais assim atacados se tornam inapetentes, fracos, emagrecendo rapidamente, chegando muitas vezes à morte; inclina a cabeça para o lado doente, procurando coçar com as patas a orelha atacada. Com o avançar da moléstia, iremos encontrar juntamente com as crostas, sangue e pús, de cheiro fétido. Tratando-se de moléstia muito contagiosa, o criador deverá tomar sérias medidas de profilaxia e higiene a fim de impedir a propagação da moléstia.

Tratamento - Faz-se primeiro a limpeza do ouvido, retirando-se com uma pinça, as crostas previamente pinceladas com querosene a fim de facilitar seu amolecimento. Em seguida aplica-se qualquer sarnicida de preferência em Spray, encontrado no comércio, o qual será aplicado novamente após 15 dias até a cura completa do animal.

Medidas Profiláticas - Manter uma limpeza rigorosa nas coelheiras. Não permitir a entrada de animais doentes na criação; todos os coelhos deverão ser examinados periodicamente, e a título preventivo, fazer uma aplicação mensal de sarnicida em todos os animais.

Os animais doentes deverão ser logo medicados e isolados. As gaiolas ocupadas pelos coelhos doentes deverão ser desinfetadas de preferência flambadas, ao lança-chamas.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.

Coccidose Hepática

Esta moléstia, muito freqüente nas criações de coelhos causa sempre grandes prejuízos aos criadores, pela grande mortalidade que produz entre os animais.

De um modo geral, todos os coelhos são atacados pela coccidioso, mas ela atinge de preferência os coelhos de 2 a 4 meses, onde a mortalidade é maior. Os coelhos adultos, quando atingidos pela moléstia, são bem resistentes, tornando-se muitas vezes, portadores da coccidiose. Esses animais são assim chamados porque, mesmo não apresentando o sintoma da moléstia, são os propagadores da mesma, pela eliminação do micróbio da coccidiose pelas fezes. Desse modo, é fácil a propagação da coccidiose através dos alimentos, água, coelheiras e até pelo próprio tratador. Entretanto, para que o micróbio da coccidiose esteja em condições de contaminar os animais, é preciso que o mesmo apresente modificações tais, facilitadas pelo calor e umidade, a partir do momento em que os parasitas são expelidos pelo coelho doente até o momento de serem ingeridos pelos coelhos sãos. Assim, a contaminação só será feita quando o micróbio da coccidiose sofrer as transformações necessárias ao seu amadurecimento durante três dias mais ou menos. Antes desse tempo, os micróbios da coccidiose não transmitem a moléstia quando ingeridos pelos coelhos sãos, por não estarem maduros. A constatação da moléstia é feita pelos seguintes sintomas: tristeza e abatimento dos coelhos, falta de apetite, pêlos arrepiados, diarréia, ventre aumentado de volume; em alguns casos há convulsões e paralisia das patas. A morte do animal poderá dar-se em dias ou dois a três meses. Entretanto, o diagnóstico certo da coccidiose só poderá ser feito com exame de laboratório, devendo o criador enviar o coelho morto ou doente ao Instituto Biológico, onde serão feitos os exames necessários.

Ao abrir-se um coelho morto suspeito de coccidiose o criador notará, como indício, o fígado muito aumentado de volume e todo salpicado de pequenos pontos ou manchas branco-amareladas. O meio mais certo para impedir o aparecimento da coccidiose são as seguintes medidas preventivas: limpeza diária c desinfecção das coelheiras: a criação deverá ser instalada em lugares secos e amplos: os alimentos e a água destinados aos animais deverão ser muito limpos e nunca em contato com os excrementos; as coelheiras deverão ter o piso de sarrafo ou tela, evitando assim o contato do animal com os excrementos e sua possível contaminação.

Os animais doentes deverão ser isolados imediatamente, os coelhos mortos de coccidiose deverão ser queimados.

O criador deverá ter muito cuidado em introduzir coelhos de procedência ,ignorada na sua criação.

O estrume dos animais doentes nunca deverá ser usado em hortas ou plantações destinadas à alimentação dos coelhos.

Somente quando existe a coccidiose é que devemos fazer o tratamento curativo à base das sulfas. Entretanto, não devemos esquecer que, apesar de sulfa ser o medicamento específico da coccidiose, esta deverá ser aplicada com bastante cautela e somente quando tivermos certeza do aparecimento da coccidiose. Isto porque, em geral, a aplicação da sulfa como curativo determina também certas perturbações no organismo do coelho.

Assim os reprodutores, machos e fêmeas, ao receberem a sulfa ficam durante alguns meses completamente frios e indiferentes, não permitindo ao criador continuar a fazer normalmente os acasalamentos; também as fêmeas, quando prenhes, abortam facilmente e as coelhas com ninhadas chegam a perder totalmente o leite.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.

Mixomatose

É uma das doenças mais graves que atacam os coelhos, ocasionando grande mortandade no plantel, e propagando-se rapidamente entre os animais sãos. Os animais, quando atacados pela mixomatose, apresentam os seguintes sintomas: no início da moléstia aparece um corrimento nasal que vai aumentando, chegando às vezes a dificultar a respiração do animal.

Em seguida apresenta os olhos congestionados e inflamados, com grande secreção purulenta. Logo aparecem pequenos tumores na base da orelha, nariz e lábios, que vão se estendendo por toda a cabeça, a qual se apresenta muito inchada.

Após os primeiros sintomas, estes tumores espalham-se por todo o corpo, principalmente no ânus e órgãos genitais, onde são encontrados em grande número.

Estes tumores, quando abertos, deixam sair um líquido mucoso de cor rosa. O animal apresenta uma febre ligeira, emagrece e morre geralmente entre 4 a 8 dias, após o aparecimento dos primeiros sintomas. É a mixomatose muito contagiosa, e sua transmissão é feita pelos mosquitos e pulgas.

Recomenda-se vacinar os animais preventivamente com vacina já fabricada no país. O mais indicado é sacrificar os animais mais doentes e queimar os cadáveres, desinfetar todas as gaiolas a fogo, isto é, aplicando-se o lança-chamas. Fazer uma desinfeção geral e evitar o aparecimento dos mosquitos.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.

Vermes Intestinais

Os coelhos são também atacados pelos vermes intestinais que ocasionam sérios prejuízos nas criações infetadas.

Os coelhos contaminados perdem o apetite, enfraquecem rapidamente, apresentando-se sempre magros, chegando muitas vezes a ter convulsões e paralisia. Na autópsia dos coelhos doentes os intestinos se apresentam endurecidos e resistentes ao corte, e no seu interior encontramos geralmente grande quantidade de lumbrigas.

A alimentação deverá ser muito nutritiva, dando-se aos animais, além da ração normal, 1 colher de sopa de aveia para cada coelho. A ração deverá conter 1 a 2% de sais minerais e vitaminas.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.

Indigestão

Quando os coelhos são muito vorazes e o criador não controla a quantidade de ração que é distribuída diariamente, os animais se apresentam com o estômago endurecido e o ventre inchado. As vezes, o animal chega a vomitar, torna-se inquieto, e deixa de comer. Isto também acontece no caso do animal ter comido grande quantidade de verduras que fermentaram, dando origem à formação de gases ou também no caso de envenenamento por plantas tóxicas.

Como tratamento, dar ao animal bicarbonato de sódio na água, ou leite de magnésia. Se esse medicamento não der resultado, dar um purgativo, isto é, 1 a 2 colheres de azeite de cozinha.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.

Parasitos Externos

Vários parasitos como as pulgas e os piolhos chegam a atacar os coelhos, produzindo o emagrecimento do animal, e dando ao pêlo um mau aspecto. Os piolhos chegam a ocasionar a queda do pêlo no dorso do animal e na cauda, pois, para atenuar as picadas do parasito o coelho procura coçar as partes atingidas, arrancando ele próprio o pêlo destes locais.

Os animais assim atacados deverão receber aplicações diárias de pós inseticidas.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.

Sarna do Corpo

Esta doença, muito contagiosa, é caracterizada pela formação de crostas na cabeça do coelho, principalmente na boca, olhos e nariz, estendendo-se nos casos graves às patas e órgãos genitais.

Esta sarna é muito diferente da sarna da orelha, pois esta só ataca o corpo do animal.

As primeiras manifestações da sarna começam com a picada do parasito que causa forte irritação, ocasionando o aparecimento de um líquido que, ao secar, forma crostas duras, de cor amarelo-cinza, que dão ao animal um aspecto repugnante, pois a pele se apresenta enrugada e inchada, além de completa queda do pêlo. O parasito da sarna é encontrado debaixo da pele, onde escava galerias, alimentando-se do sangue do animal.

Como a sarna se localiza de preferência na cabeça e boca do animal, os lábios se apresentam consideravelmente inchados e o coelho não pode alimentar-se devido à dor e à dificuldade que sente ao mastigar. Com isto o animal emagrece, enfraquecendo-se bastante até morrer.

Sendo ás crostas localizadas em volta do nariz, há inflamação do local, determinando grande dificuldade na respiração.

Quando o coelho se apresenta com todos esses sintomas, a cura é muito difícil, e quando isso acontece, ele se torna muito fraco; é mais indicado o sacrifício dos doentes.

Entretanto, no início da moléstia, antes que a sarna atinja completamente a cabeça do animal, o seu tratamento é fácil. Assim, o criador ao notar que o focinho do coelho que é geralmente limpo e brilhante, se apresenta coberto com um pó branco, semelhante à farinha, deverá logo examinar o animal, assim como as suas patas, onde ele irá encontrar entre as unhas o mesmo pó branco. Isto acontece porque o coelho, ao sentir a irritação produzida pela picada do parasito na cabeça, procura logo coçar o local, fazendo então com que as unhas se apresentem infectadas.

O tratamento consiste em esfregar as partes atingidas com querosene, ocasionando a caída das crostas para então se aplicar o remédio.

A aplicação no local deverá ser feita diariamente, com qualquer desinfetante a base de cloro ou sarnicida em Spray, 10 aplicações são suficientes até a eliminação da moléstia.

No caso de sarna no corpo, as coelheiras deverão ser desinfetadas com lança-chamas: não sendo isto possível, as coelheiras deverão ser desinfetadas com uma pintura de cal e soda em partes iguais.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.

Pasteurelosis ou Septicemia Hemorrágica

Esta moléstia muito contagiosa é caracterizada pela rapidez com que ataca os coelhos, produzindo grande mortandade entre eles.

Os coelhos atacados pela pasteurelosis, no início da moléstia apresentam febre, tristeza, falta de apetite, pêlo eriçado, permanecendo em um canto da coelheira como se estivessem dormindo. Às vezes apresentam os olhos congestionados e respiração anormal, seguindo-se o aparecimento de uma diarréia, geralmente sanguinolenta, e convulsões do animal com manifestação paralítica. Esta moléstia também se apresenta com a forma pulmonar, que se caracteriza pela febre que ataca os coelhos, espirros; falta de apetite; respiração acelerada e dolorosa, e principalmente pela líquido sanguinolento que sai das fossas nasais do animal. A moléstia se apresenta sempre com grande rapidez, determinando a morte do animal dentro de 2 a 3 dias. A pasteurelosis aparece sempre nas criações onde não existe higiene nem limpeza, onde os animais são mal alojados, e acham-se em comum com aves, porcos e outros animais. Ao notarmos a aparecimento da pasteurelosis, deverão ser isolados os animais doentes, lavando-se as fossas nasais com água morna e bicarbonato para retirada do muco nasal. Em seguida, aplicar azeite ou vazelina mentolada, para descongestionar a mucosa e facilitar a respiração. O tratamento preventivo poderá ser feito por meio de soro injetável.

Os animais mortos deverão ser queimados e as gaiolas serão desinfetadas com lança-chamas.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.

Toxoplasmose

É também uma enfermidade de rápido curso, 8 a 10 dias, cuja transmissão é ocasionada pelas pulgas e piolhos. Os animais doentes apresentam febre, falta de apetite, grande abatimento, muita sede, abdome aumentado de tamanho, emagrecimento, anemia, diarréia fétida de cor esverdeada ou sanguinolenta e convulsões. Muitas vezes chega a ter paralisia da região posterior. Os animais doentes deverão ser isolados. As rações deverão ser ricas em elementos nutritivos, à base de alfafa e aveia.

Leia mais sobre Toxoplasmose.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.

Torcicolo ou Pescoço Torto

Acontece que muitas vezes encontramos um ou mais coelhos que se apresentam de um dia para o outro com a cabeça completamente virada.

Se os coelhos nestas condições não se acham atacado pela sarna auricular, essa torção da cabeça é de origem alimentar, ocasionada pela deficiência da Vitamina B, na ração. O coelho, nestas condições, torce a cabeça para um lado, dando a impressão que os músculos estão continuamente em contração; o animal anda com grande dificuldade, girando freqüentemente sobre um mesmo lado.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.

Conjuntivite dos Coelhos Novos

É uma enfermidade que ataca os olhos, sendo muito comum nos coelhos novos, devido ao forte cheiro de amoníaco que se desprende da urina e excrementos. Isto só acontece nas criações mal cuidadas, onde não existe higiene. Os olhos se apresentam inchados e completamente fechados.

Quando eles se abrem escorre uma grande quantidade de um líquido seroso e amarelado que se endurece logo. Devido à esta infecção, a membrana do olho se torna opaca, o que é conhecido como queratite. Como tratamento, a primeira coisa a ser feita é retirar as causas, obedecendo as normas de limpeza e higiene.

Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.


 

Cuidados especiais:

 

1) Coelho não toma banho e nem deve ser molhado, pois provavelmente algum fungo se desenvolverá.
2) Só deixe macho junto com fêmea quando quiser que reproduzam. Do contrário, ele tentará acasalar o tempo todo, e o casal pode brigar ou se reproduzir em demasia.
3) Caso, em alguns momentos do dia, o Coelho seja solto dentro de casa ou no jardim, fique atento para que não roa objetos ou plantas.
4) Não carregue o Coelho pelas orelhas, pois pode causar distensões ou mesmo fraturas. Você deve segurá-lo pela pele no dorso próximo ao pescoço.

 

 

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